"Cadê você para me dizer que tudo isso vai passar?"

 Hoje é 2 de Abril, dia em que minha avó materna completaria 86 anos de idade. Completaria. Passado. E dói não tê-la aqui para poder lhe dar um abraço apertado e desejar-lhe felicidades. Estou me sentindo pior do que nunca. A morte da minha avó, ou "a partida", como prefiro dizer, foi a pior dor que eu senti em todos os meus anos vividos. 
A minha avó, seguida de meus pais, foi e será a pessoa mais importante que Deus me deu. Era minha segunda mãe. Quem me fez morrer de rir nas inúmeras tardes passadas na área de sua casa, onde jogávamos cartas e contávamos piadas e não nos importávamos com mais nada. Eram nossos momentos mais felizes. Quem me deu todo carinho e amor que suportava, me chamava de "minha netinha", era a forma mais linda que ela encontrava para me agradar. Eu nunca demonstrei, mas eu amava ouvi-la me chamar assim. Foi a única avó que eu pude conhecer, já que a paterna partira antes mesmo do meu nascimento. Depois da partida de minha avó, tento entender que foi porque Deus quis, que estava na sua hora. Mas nem sempre funciona. Eu queria a minha avó aqui, agora. Era com ela que eu sonhava e planejava meu futuro, dizia que iria me formar e a levaria para morar comigo, porque eu dormia com ela todos os fins de semana e não queria imaginar isso acabando. Mas ela partiu antes mesmo da minha formartura de Ensino Fundamental e não me viu completar 15 anos. Ela dizia que não queria que eu crescesse, porque iria virar moça e não iria dormir com ela. Mas eu jamais abandonaria. 
Tudo que eu mais queria era voltar no tempo e dizer tudo que guardei para mim. Diria que ela foi a melhor avó do mundo e que eu a amo. Agradeceria por cuidar de mim e me dar todo o amor que ela conseguia. Dolinha, como eu sinto sua falta. Como eu queria abraçá-la agora e não soltá-la mais. Mas eu sei que não é tarde para falar, onde você estiver agora, você está cuidando de mim. 
É isso, vó. Eu amo você e morro de saudades.
"As pessoas morrem, mas o verdadeiro amor é para sempre."  (Evanescence)

Minha autoria, 02/04/2011.

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